sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Mulheres da América Latina se reúnem para discutir estratégias na luta por direitos

Encontro “Diálogo Mulheres em Movimento: Direitos e Novos Rumos” termina hoje dia (27) no Hotel Vila Galé, no Rio de Janeiro



 O evento “Diálogo Mulheres em Movimento: Direitos e Novos Rumos”. O encontro reúne mulheres de todo o Brasil e da América Latina para discutir estratégias para fortalecer a luta pela igualdade de gênero na região. A iniciativa é promovida pela organização social Fundo ELAS, em parceria com o British Council e a Open Society Foundation Brasil.
A programação conta com a participação de 140 ativistas, incluindo representantes de movimentos estudantis, negros, indígenas, LGBT, de trabalhadoras domésticas, e tantos outros. A coordenadora-geral do Fundo Elas, Amália Fisher, fez a abertura e um breve discurso sobre a história do grupo e a preocupação com o contexto político atual. Segundo ela, a angústia diante da situação tem sido também um combustível para buscar investir cada vez mais nas pautas feministas como forma de combate à opressão.
Nadine Gasman, da ONU Mulheres, falou sobre os exemplos positivos dados pelo Brasil do ponto de vista da mobilização social, como a Marcha das Margaridas e a ocupação nas escolas públicas. Ela citou o movimento mundial de mulheres contra o presidente norte-americano Donald Trump e a necessidade de promover a diversidade para que 2017 possa ser melhor do que o ano passado. “Sem desenvolvimento das mulheres, não há sociedade justa e pacífica”, afirmou.
Jolúzia Batista, representante da ONG CFEMEA, ressaltou a ascensão do conservadorismo e lembrou que os poucos avanços que as feministas conseguiram recentemente, como uma lei que regula o atendimento a vítimas de violência sexual, ainda são questionados por bancadas religiosas no Congresso Nacional. “Nosso corpo é nosso território e não território de disputa conservadora”, enfatizou.
A presidenta da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), Creuza Oliveira, fez uma fala emocionada sobre a trajetória da entidade, comentou ainda a respeito da regulamentação da profissão em 2013 com a ‘PEC das Domésticas’, a ameaça às conquistas trabalhistas do atual governo e o genocídio da juventude negra no Brasil.

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